sábado, 16 de julho de 2011

LITERATURA DE CORDEL
DIREITOS HUMANOS: ISTO É FUNDAMENTAL
CORDEL DE SALETE MARIA DA SILVA
1.
É O DIREITO DE ESCOLHER / SER ATEU OU SER CRISTÃO
DIREITO DE NÃO SE VER / ENVOLTO EM CONFUSÃO
TER A HONRA IMACULADA / GOZAR DA VIDA PRIVADA
SEM SOFRER VIOLAÇÃO.
2.
DIREITO DE EXERCER LIVRENMENTE A PROFISSÃO
DIREITO DE CONVIVER / DE FAZER REUNIÃO
DIREITO DE SE INFORMAR /DE NÃO SE VER PROCESSAR
POR TRIBUNAL DE EXECUSÃO.
3.
DIREITO FUNDAMENTAL / TA NA CONSTITUIÇÃO
É AQUELE SEM O QUAL / NÃO EXISTIRÁ RAZÃO
PARA SE BATER NO PEITO / E PROTESTAR POR RESPEITO
SE DIZENDO CIDADÃO.
4.
É DIREITO DE EXISTIR / E JAMAIS SER MOLESTADO
DIREITO DE IR E VIR / E TAMBÉM FICAR PARADO
É O DIREITO DE PENSAR / DE PODER SE EXPRESSAR
E NÃO SER DISCRIMINADO.
5.
DIREITO DE, SE FOR PRESO/ TER SEU CORPO PROTEGIDO
E EM SENDO ACUSADO: "INOCENTE PRESUMIDO"
DIREITO DE PETIÇÃO / E TAMBÉM DE CERTIDÃO
SEM PAGAR O REQUERIDO.
6.
DIREITO DE ESTUDAR / DE MORAR , DE TER LAZER
DIREITO DE TRABALHAR / DE SALÁRIO RECEBER
E DE SE APOSENTAR, QUANDO O TEMPO CHEGAR
SEM TER DE SE ABORRECER.
7.
DIREITO DE PERTENCER / AO POVO DE UM ESTADO
DIREITO DE ESCOLHER / POR QUEM SERÁ GOVERNADO
DIREITO DE OPNAR / DE VOTAR E PROTESATAR
E DE TAMBÉM SER VOTADO.
8.
SÃO DIREITOS DA PESSOA / ESTRANGEIRA OU NACIONAL
DIREITO QUE NÃO SE DOA / SE CONQUISTA, AFINAL
DIREITO QUE NÃO SE VENDE / DIRITO QUE SE DEFENDE
ANTE QUALQUER TRIBUNAL.
9.
NASCEM DA INSPIRAÇÃO / DOS DIREITOS NATURAIS
DO PENSAMENTO CRISTÃO / E DAS LUTAS SOCIAIS
VÃO GANHANDO DIMENSÕES / SOMANDO
DIREITO NUNCA É DEMAIS.
SE GERAÇÕES
10.
SÃO OS DIREITOS QUE O POVO
PRECISA ENTÃO CONHECER
NÃO DIGO NADA DE NOVO / MAIS QUERO OFERECER...
UMA LEITURA SINGELA / QUE A MOÇA DA JANELA
POSSA LER E ENTENDER.
11.
NÃO BASTA SÓ QUE ENTENDA
PRECISA SABER COBRAR
PARA QUE NÃO SEJA LENDA
O QUE ACABEI DE FALAR.
12.
PARA QUEM DE DIRIGIR?
COMO LUTAR, COMO AGIR?
A QUEM REIVINDICAR?
EIS PORQUE É IMPORTANTE
QUE TODOS SE MOBILIZEM.
13.
DO DOUTOR AO ESTUDANTE / TODOS SE CONSCIENTIZEM
COMBATER VIOLAÇÕES / E DESENVOLVER AÇÕES
REQUER SE INSTRUMENTALIZEM.
14.
POR ISTO ESTE ENCONTRO / ESTA "AULA INAUGURAL"
O DEBATE, O CONTRA PONTO / O DIÁLOGO FRATERNAL
PARA SOCIALIZAR A FORMA DE SE BUSCAR
O QUE É ESSENCIAL.
15.
POLICIAL, PROFESSOR, JORNALISTA E MILITANTE
O TAL TERCEIRO SETOR
GENTE DE TODO QUADRANTE
"UMA IDÉIA, MUITAS VOZES "
MIL COMBATENTES VELOZES
D’UMA AÇÃO HUMANIZANTE
16.
É PRECISO RELEMBRAR
A LUTA SEMPRE COMEÇA
ONDE QUE VOCÊ VAR
VERÁ QUE O SONHO NÃO CESSA
LUTAR ENQUANTO HOUVER DANO
POIS TUDO O QUE É HUMANO
AO HUMANO INTERESSA!

Leituras cordelistas

OS SETE CONSTITUINTES  (Antônio Francisco Teixeira de Melo)

Os sete constituintes:
Quem já passou pelo sertão e viu o solo rachado, a caatinga cor de cinza, duvido não ter parado, para ficar olhando o verde do juazeiro copado.
E sair dali pensando, como pode a natureza, num clima tão quente e seco, numa terra indefesa com tanta adversidade criar tamanha beleza.
O juazeiro, seu moço, é pra nós a resistência, a força, a garra e a saga, o grito de independência, do sertanejo que luta na frente da emergência.

Nos seus galhos se agasalham do periquito ao cancão é hotel de retirante que anda de pé no chão, o general da caatinga e o vigia do sertão.
E foi debaixo de um deles que vi um porco falando, um cachorro e uma cobra, e um burro reclamando, um rato e um morcego e uma vaca escutando.

Isso já faz tanto tempo que nem me lembro mais se foi pra lá Fortim se foi pra cá de Cristais, eu só me lembro direito do que disse os animais.
Eu vinha de Canindé, com sono e muito cansado quando eu vi perto da estrada um juazeiro copado, subi armei minha rede e fiquei ali deitado. Como a noite estava linda, procurei ver o cruzeiro, mas cansado como estava, peguei no sono ligeiro, só acordei com os gritos debaixo do juazeiro.

Quando olhei para cima, eu vi um porco falando, um cachorro e uma cobra, e um burro reclamando, um rato e um morcego e uma vaca escutando.



O dizia assim:
Pelas barbas do capeta!!!
Se nós ficarmos parados
a coisa vai ficar preta ...
Do jeito que o homem vai
Vai acabar o planeta.

Já sujaram os sete mares
Do Atlântico ao mar Egeu
As flores estão capengas
Os rios da cor de breu
E ainda por cima dizem
Que o seboso sou eu.

Os bichos bateram palmas
O deu com a mão
O se levantou e disse:
“Prestem atenção”
Eu também já não suporto
Ser chamado de ladrão.

O homem sim mente e rouba
Vende a honra e compra o nome
Nós só pegamos a sobra
Daquilo que ele come
É somente o necessário
Para saciar a “nossa fome”

Palmas, gritos e assovios
Ecoaram pela floresta
A se levantou
E disse franzindo a testa:
-”Eu convivo com o homem
Mas sei que ele não presta”.

È um mal agradecido
Orgulhoso e inconsciente
É doido e se faz de cego
Não sente o que a gente sente
E quando nasce é tomando
A pulso o leite da gente.

Entre aplausos e gritos
A se levantou
E ficou na ponta do rabo
E disse: “também eu sou
Perseguida pelo homem
Pra todo canto que vou”

Pra vocês o homem é ruim
Mas para nós ele é cruel
Mata a cobra e tira o couro
Come a carne e estoura o fel
Descarrega todo ódio
Em cima da cascavel

É certo, que eu tenho veneno
Mas nunca fiz um canhão
E entre mim e o homem
Há uma contradição
O meu veneno é na presa
E o dele é no coração

Entre os venenos do homem
O meu se perde na sobra...
Numa guerra o homem mata
Centenas numa manobra
Inda tem cego que diz:
Eu tenho medo de cobra.

A ainda quis falar
Mas de repente um esturro
É que o pulando
Pisou no rabo do
E o burro partiu para cima do
Para dar-le um murro.

Mas o notando
que ia acabar a paz
Pulou na frente do
E disse: - “calma rapaz!!...
Baixe a guarda abra o casco
Não faça o que o homem faz”

O pediu desculpas
E disse: - “muito obrigado
Me perdoe se fui grosseiro
É que ando estressado
De tanto apanhar do homem
Sem nunca ter revidado”,

O disse: - “seu
Você sofre porque quer
Tem força por quatro homens
Da carroça é chofer
Sabe dar coice e morder
Só apanha se quiser”

O disse: - “eu sei
Que sou melhor que ele
Mas se eu morder o homem
Ou se eu der um coice nele
É mesmo que estar trocando
O meu juízo no dele.

Os bichos todos gritaram
“ ... Muito bem!”
O disse: - “obrigado
Mas aqui ainda tem
O e o
Querem falar também”

O disse: - “amigos
Todos vocês têm razão
O homem é um quase nada
Rodando na contra mão
Um quebra-cabeça humano
Sem prumo e sem direção

Eu nunca vou entender
Porque o homem é assim
Se odeiam, fazem guerra
E tudo quanto é ruim
E a vacina da raiva
Em vez deles, dão em mim.

Os bichos bateram palmas
E gritaram: - “vá em frente”
Mas o parou
Disse: - “obrigado gente
Mas falta ainda o
Dizer o que sente”.

O abriu as asas
Deu uma grande risada
E disse: “eu sou o único
Que não posso dizer nada
Porque o homem para nós
Tem sido até camarada”

Constrói castelos enormes
Com torres sino e badalo
Põe cerâmicas e azulejos
E dão pra gente morar
E deixam milhares deles
Nas ruas sem ter um lar

O bateu asas
Se perdeu na escuridão
O pediu a vez
Mas não ouvi nada não
Peguei no sono e perdi
O fim da reunião

Quando o dia amanheceu
Eu desci do meu poleiro
Procurei os animais
Não vi nem o roteiro
Vi somente umas pegadas
Debaixo do juazeiro

Eu disse olhando as
Se essa reunião
Tivesse sido por nós
Estava coberto o chão
De piúbas de cigarros
Guardanapos e papelão

Botei a maca nas costas
E saí cortando o vento
Tirei a viagem toda
Sem tirar do pensamento
Os sete bichos zombando
Do nosso comportamento.

Hoje quando eu vejo na rua
Um morto no chão
Um mulo piado
Um homem com um facão
Agredindo a natureza
Eu tenho plena certeza
Os bichos tinham razão.

Uma Literatura de cordel maravilhosa

A BRIGA NA PROCISSÃO. (de CHICO PEDROSA).


Quando Palmeira das Antas,
Pertencia ao capitão “Justino Bento da Cruz”.
Nunca faltou diversão,
Vaquejada, cantoria, procissão e romaria.
Sexta-feira da paixão.

Na quinta-feira maior, no salão paroquial
Dona Maria das Dores reunia os moradores
Logo após uma pré-seleção ao lado do capitão.
Escalava-se a seleção de atrizes e atores.

O papel de cada um o capitão escolhia.
A roupa e a maquiagem eram com dona Maria.
O resto era discutido, aprovado e resolvido
Na sala da sacristia.

Todo ano tinha um Jesus, um Caifaz e um Pilatus.
Só não mudavam a cruz, o verdugo e os maus tratos.
O Jesus daquele ano, foi o Quincas beija-flor
Caifaz foi o Cipriano, Pilatus foi o Nicanor.

Duas cordas paralelas, separavam
A multidão, para que pudessem entre elas
Caminhar a procissão.
Cristo conduzindo a cruz, foi não foi advertia
Ao centurião perverso que com força lhe batia.
Era pra bater maneiro mas ele não entendia,
Devido ao grande pifão que bebeu naquele dia
Do vinho que o capelão guardava na sacristia.

Cristo dizia: - ô rapaz, vê se bate devagar,
Já to todo encalombado assim não vou agüentar.
Ta com a gota pra doer, ô tu para de bater,
Ô a gente vai brigar, jogo já essa cruz fora,
To ficando revoltado, vou morrer antes da hora
De ficar crucificado.

O pior era que o malvado fingia que não ouvia,
Além de bater com força ainda se divertia,
Espiava pra Jesus, fazia pouco e dizia:
-Que cristo frouxo é você que chora na procissão?
Jesus pelo que se sabe num era mole assim não!
Eu to batendo com pena, tu vai ver o que é bom
Na subida da ladeira da venda de Finelon,
O couro vai ser dobrado, daqui até o mercado
A cuíca muda o som!

Naquele momento, ouviu-se um grito da multidão.
Era Quincas que com raiva sacudiu a cruz no chão,
E partiu feito maluco pra cima de Bastião.
Se travaram no tabefe ponta pé e cabeçada...
Madalena levou queda, Pilatus levou pancada,
Deram um bufete em caifaz que até hoje não faz
Nem sente gosto de nada.

Desmancharam a procissão, o cacete foi pesado,
São Tomé levou um tranco que ficou desacordado,
Acertaram um cocorote na careca de Timote
Que até hoje é aluado.

Até mesmo São José, que não é de confusão,
Na ânsia de defender o filho de criação,
Aproveitou a garapa pra dar um monte de tapa
Na cara do bom ladrão.

A briga só terminou quando o doutor delegado,
Interviu e separou cada santo pro seu lado.
Desde que o mundo se fez, essa foi a primeira vez
Que cristo foi pro xadrez mas não foi crucificado.


domingo, 26 de junho de 2011

AULA DE CAMPO EM PARNAMIRIM E NATAL

AULA DE CAMPO COM ALUNOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS AVELINO MATIAS XAVIER E DINARTE DE MEDEIROS MARIZ.
LOCAIS VISITADOS: PLANETÁRIO; FORTALEZA DOS REIS MAGOS; CAJUEIRO DE PIRANGI, CENTRO DE LANÇAMENTOS DA BARREIRA DO INFERNO, E AEROPORTO INTERNACIONAL AUGUSTO SEVERO.
 
 PENSARAM QUE O MUNDO IRIA ACABAR HEIM? AGORA QUE PASSOU O MEDO PODEM RELAXAR.
O PROFESSOR RANVARLIEL NÃO PERDE UMA OPORTUNIDADE DE DAR SUAS AULAS.



A professora Iranete e a réplica do índio Felipe Camarão



 
Acho que a professora Iranete quer ir ao espaço nessa miniatura de foguete, será?



Alunos da Esc. Dinarte de Medeiros Mariz assistind a um vídeo no auditório da Barreira do Inferno sobre os lançamentos dos foguetes: Nike Apache e a série Sonda I, II, III, IV, V.

Escola Mun. Dinarte de Medeiros Mariz: Alunos e professores: Girlene, Aparecida, Eliene e o diretor Ranvarliel posando com o soldado Eryton (Barreira do Inferno)


E nessa foto a professora Iranete fez questão de posar.  Ao fundo as falésias que deram origem ao nome Barreira do inferno.


Alunos e professores da Esc. Avelino Matias visitando a praça ex-governador Aluízio Alves (Planetário de Parnamirim/RN)

Alunos da Esc. Avelino Matias ouvindo as explicações do guia a respeito da fundação da cidade do Natal e da Fortaleza dos Reis Magos.




Todos esperando o guia para receber as explicações sobre o maior cajueiro do mund.



Equipe da Esc. Avelino Matias e o soldado Manoel da Barreira do Inferno



 uma paradinha na entrada da Fortaleza dos Reis Magos (ao fundo vemos o marco do domínio português em nossas terras - o marco de Touros).
 Professores e funcionários da Esc. Avelino Matias: Andreza, Vina, Elaine, Iranete, Roberto, Marleide, Graça e Miriam
 A professora Iranete com alguns alunos da Esc. Avelino Matias descendo o mirante do cajueiro  maior do mundo
 Alunos da Esc. Mun. Avelino Matias curtindo um pouco da praia de Pirangi do Norte

 Alunos com o soldado Manoel (Barreira do Inferno)
 Alunos da Esc. Mun. Avelino Matias visitando o Aeroporto Internacional Augusto Severo